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MS - Sefaz isenta de ICMS e Fundersul de reprodutores e matrizes
Uma norma da Secretaria da Fazenda de Mato Grosso do Sul, em vigor desde maio, que passou a cobrar ICMS e Fundersul sobre a comercialização de touros e matrizes que não tivessem Registro Genealógico Definitivo (RND) será alterada por conter um erro d
Uma norma da Secretaria da Fazenda de Mato Grosso do Sul, em vigor desde maio,  que passou a cobrar ICMS e Fundersul sobre a comercialização de touros e  matrizes que não tivessem Registro Genealógico Definitivo (RND) será alterada  por conter um erro de interpretação, que acabou causando a taxação. A decisão  foi tomada na manhã desta quinta-feira, depois de uma reunião entre o presidente  da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Chico Maia, o  secretário da entidade e vice-presidente da ASCN (Associação Sul-Mato-Grossense  dos Criadores de Nelore, César Machado, o representante em MS da ABCZ  (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu), Adriano Garcia, e o  superintendente de Administração Tributária, Gladiston Amorim. 
A  Superintendência de Administração Tributária havia distribuído um comunicado, no  dia 22 de maio, recomendando à fiscalização que para fazer jus à isenção de ICMS  e Fundersul aplicável na venda de reprodutores ou matrizes de bovinos ou  bubalinos, puros de origem, puros por cruza ou de livro aberto de bovinos, o  produtor deveria apresentar junto com a nota fiscal a cópia do RGN (Registro  Genealógico de Nascimento) ou de RGD (Registro Genealógico Definitivo).  
A Fazenda Estadual acatou a argumentação das entidades, de que a isenção  do ICMS e Fundersul deveria ser mantida, uma vez que para considerar o animal  como reprodutor ou matriz vale a regra da ABCZ, para quem o animal só precisa do  registro “oficial”, isto é o registro genealógico de nascimento, que é feito  depois de uma avaliação pela entidade, quando ele recebe uma marca – o chamado  caranguejo. “No caso de touros, somente aos 24 meses, depois de um exame  andrológico, é que o animal poderá realmente ser caracterizado como reprodutor”,  argumenta Adriano Garcia. Segundo ele, a norma foi adotada sem o conhecimento da  realidade do setor. “Não dá pra garantir que um animal registrado no nascimento  será de fato e definitivamente um reprodutor”, explica Cesar Machado.  
Segundo Chico Maia, a grande preocupação dos produtores é que com a  temporada de leilões na rota das exposições agropecuária, essa taxação  desmotivada acabe afastando os compradores, que já arcam com despesas com  leiloeiras, transportes e com outros custos. Isso daria, ainda, margem para que  animais chamados “cabeceira de boiada” passassem a ser comercializados como  reprodutores, terminando por afetar uma longa trajetória de melhoramento  genético que passou e passa o rebanho sul-mato-grossense, de qualidade  nacionalmente reconhecida. 
Adriano Garcia, representante da ABCZ,  encaminharia ontem mesmo um expediente à Superintendência de Administração  Tributária, com a argumentação. “Vamos emitir um novo comunicado à fiscalização,  corrigindo a distorção”, garantiu o superintendente Gladiston Amorim.