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AL - Sefaz e segmento de bebidas definem novos preços para cálculo de impostos
Representantes nacionais do setor de bebidas e técnicos da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) estiveram reunidos, nesta quinta-feira (28), para discutir a base de cálculo para substituição tributária sobre os produtos comercializados pelo segmen
Representantes nacionais do setor de bebidas e técnicos da Secretaria de Estado  da Fazenda (Sefaz) estiveram reunidos, nesta quinta-feira (28), para discutir a  base de cálculo para substituição tributária sobre os produtos comercializados  pelo segmento, composto por fabricantes de refrigerantes, etílicos, isotônicos e  energéticos. Na reunião, estiveram presentes integrantes das empresas Coca-Cola  Brasil, Schincariol, Kaiser, Astral, Cia de Bebidas das Américas (Ambev) e do  Sindicato da Indústria da Cerveja (Sindcerv).
       Depois de quase cinco  horas de debate, ficaram decididos novos preços – que variam entre R$ 0,50 e R$  30,00, dependendo da mercadoria – para servir de base na cobrança do ICMS  relativo às operações de compra e venda em território alagoano. As alíquotas,  entretanto, continuam as mesmas: 25% para bebidas alcoólicas e 17% para  refrigerantes. A portaria que regulamenta a decisão vai ser publicada no Diário  Oficial de amanhã (29) e entra em vigor a partir de 02 de junho.
       As  alterações nos valores, discutidas a cada seis meses, são feitas de acordo com  pesquisas de mercado, requisitadas pelas próprias empresas. As amostragens  consideram três segmentos – os mercados e supermercados, os bares e restaurantes  e os depósitos – e, dessa vez, foram realizadas pelas instituições GFK e  Finkshapp. “Esse estudo é feito e encontramos a média de preço de cada  mercadoria. Com ela, calculamos a base para a substituição tributária”, diz o  gerente de Substituição Tributária da Sefaz, João Cabral. 
       Técnicos da  Sefaz de Sergipe também estiveram presentes na reunião. Segundo José Jorge  Nunes, auditor fiscal do Estado vizinho, o objetivo é adquirir conhecimentos  sobre essa discussão. “Ainda estamos um passo atrás de Alagoas nessa questão.  Por isso, estamos aqui para observar as negociações na prática e aprender com  elas”, ressalta ele.
Fácil –
      Antes do início das discussões, a analista de  Políticas Públicas do Sebrae/AL e coordenadora do Fácil, Luciana Leite, esteve à  frente de uma apresentação sobre a formalização de empresas. Na exposição, ela  falou sobre os benefícios de se legalizar micros e pequenos negócios,  ressaltando, ainda, que Alagoas tem o menor tempo médio para abertura de  empresas em todo o País – de dois a três dias. 
       A palestra foi  requisitada pela Sefaz na tentativa de conscientizar os grandes fabricantes e  distribuidores de bebidas a comercializarem seus produtos apenas com  empreendimentos registrados. “Realizamos um estudo e descobrimos que 32% das  vendas que acontecem no Estado são para pessoas físicas, que, na verdade, não  poderiam estar comprando quantidades tão grandes. Isso pode gerar problemas para  o próprio setor, que, mais tarde, será responsabilizado”, alerta o gerente de  Substituição Tributária.
       Ele ainda ressalta que, a partir do mês que  vem, o Fisco estadual estará trabalhando em cima dessa questão. “Vamos começar a  autuar quem estiver trabalhando dessa maneira. Já temos uma lista de empresas  registradas que estão comprando como pessoas físicas. Além do mais, sabemos que  uma pessoa física não pode comprar R$ 1 milhão em bebidas em apenas quatro  meses, como vem acontecendo”, diz João Cabral.
por Larissa  Bastos