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Maioria de notebooks importados não passa pela Receita, diz estudo
Marcas conhecidas no país não costumam declarar produtos ao Fisco.
A informalidade no setor de informática continua alta, de acordo         com levantamento semestral realizado pelo Instituto Brasil Legal         (IBL), com dados fornecidos pelo instituto de pesquisa ITData. O         relatório mostra, por exemplo, que marcas como Acer e Toshiba         não declaram ao Fisco a maioria dos notebooks comercializados no         país. 
O estudo aponta que, entre janeiro e junho         de 2009, a fabricante taiwanesa Acer vendeu 200.010 notebooks em         território nacional, sendo que apenas 31.328 foram declarados, o         que corresponde a 16% do total. Em comparação com o mesmo         período de 2008, houve uma queda de 6%, já que 22% dos notebooks         comercializados pela marca naquele ano passaram pelo Fisco. A         fabricação no Brasil de produtos da companhia taiwanesa começou         somente em outubro, como ressaltou o estudo. 
Já a Toshiba, que não possui fabricação no Brasil,         declarou à Receita Federal 1.917 notebooks, ou seja, somente 10%         das 19.570 unidades que vendeu no país. O índice é 2% maior que         os seis primeiros meses do ano passado. 
“O fato de a Asus e a Acer passarem a fabricar         seus produtos no Brasil colabora com a competitividade do setor         e o acesso por parte da população a produtos qualificados e         legalizados”, disse o presidente do IBL, Edson Vismona,         destacando que o fato é “uma vitória para o instituto em seu         trabalho de combate à ilegalidade”. 
Ainda segundo a entidade, a irregularidade no         mercado de informática e eletroeletrônicos fomenta o crime         organizado e compromete a continuidade do processo de produção         das indústrias brasileiras, gerando uma concorrência desleal. 
A IBL lembrou ainda que, atualmente, diversos         produtos importados em circulação no mercado brasileiro         desrespeitam a certificação da Anatel e as normas técnicas         obrigatórias do Inmetro, como plugs e fios, por exemplo. A         certificação é a garantia para o consumidor de que o produto foi         testado e atende a normas e regulamentos de segurança e         desempenho.