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IBGE: crise não piorou, mas estabilizou emprego
"É um mercado de trabalho muito parecido com o de 2008”.
			
			Fonte: Diário do ComércioTags: crise		
		
O gerente da pesquisa mensal de emprego do IBGE, Cimar Azeredo, disse hoje que  os dados do mercado de trabalho referentes à abril e ao primeiro quadrimestre  deste ano mostram que a "a crise não piorou, mas estabilizou o mercado de  trabalho em relação ao ano passado".
"É um mercado de trabalho muito parecido com o de 2008, o mercado está se  mantendo, mas não está se desenvolvendo", disse Azeredo, acrescentando que "o  mercado de trabalho parou, está dando conta de manter postos, formalidade e  poder de compra, mas não está evoluindo", disse.
O gerente da pesquisa mostrou dados que, segundo ele, confirmam a  estabilidade do mercado de trabalho este ano ante o ano passado. A taxa média de  desemprego no primeiro quadrimestre deste ano ficou em 8,7%, ante 8,5% em igual  período do ano passado, o que, de acordo com Azeredo, mostra que não houve  variação estatisticamente significativa no período. O nível de ocupação (número  de ocupados em relação a população com 10 anos ou mais de idade) ficou em 51,7%  nos quatro primeiros meses deste ano, também estável em relação ao mesmo período  do ano passado (51,8%).
Já o aumento de 0,2% no número de trabalhadores ocupados no mercado de  trabalho metropolitano em abril ante igual mês do ano passado representou a  menor alta apurada pelo IBGE na série da pesquisa mensal de emprego, iniciada em  março de 2002. Além disso, Cimar Azeredo destacou que, também pela primeira vez  na série, a população ocupada cresceu, no primeiro quadrimestre deste ano,  abaixo da população em idade ativa. "Estamos diante de um mercado de trabalho  que não gera postos. Não houve melhora nem piora, o mercado não evolui", disse.  Segundo ele, caso a população em idade ativa continue subindo acima da geração  de vagas, "a fila de desemprego vai aumentar".
De acordo com o gerente da pesquisa de emprego do IBGE, "estamos em um  momento de alerta, de atenção no mercado de trabalho". Para ele, a expectativa  agora é sobre quando haverá inflexão na taxa de desemprego, com geração de  postos. "A grande ansiedade é sobre quando o mercado vai gerar postos de  trabalho", disse. De qualquer modo, segundo Azeredo, "apresentar dados como  esses (de abril) em um momento de crise, de certa forma, é positivo".
Setores
A indústria cortou 105 mil vagas nas seis principais regiões metropolitanas  do País em abril, comparativamente a igual mês do ano passado, segundo mostra a  pesquisa mensal de emprego divulgada hoje pelo IBGE. Houve queda de 3% na  ocupação industrial em abril ante igual mês do ano passado, o maior recuo na  comparação anual para o setor, na série da pesquisa iniciada em 2002.
Na comparação com março deste ano, a indústria registrou queda de 0,2% no  número de ocupados em abril, com corte de 7 mil vagas de um mês para o outro. De  acordo com Azeredo, o setor industrial foi o principal responsável pelo fato de  o mercado de trabalho "não ter evoluído" em abril.
	